terça-feira, 3 de junho de 2008

Injustificável

Nada, porém, justifica o homicídio cometido contra Ítalo, mais conhecido por "Foguinho", suposto assassino do Cabo Geraldo.  Uma vez preso, a mão estatal deveria lhe ter garantido a devida segurança, um julgamento conforme a Lei.  Sua execução sumária é sintoma de uma sociedade sub-desenvolvida, vingativa e afeita à ilegalidade.

À princípio (ressalte-se: à princípio), nos parece que a morte não decorreu de uma ação deliberada da polícia, enquanto instituição, senão da atitude isolada e desvairada de um "justiceiro", provavelmente militar, que só agrava e desonra toda corporação.  Algo a se lamentar.

Esta comissão, no que lhe competir, envidará esforços para individualização do assassino e sua conseqüente punição.

Solidariedade

A Comissão de Direitos Humanos da OAB/Mossoró vem prestar as devidas condolências à família do Cabo Geraldo, morto em serviço por um bandido frio e covarde.

Presta também solidariedade à toda a corporação da Polícia Militar, tantas e tantas vezes cobrada e denunciada por esta comissão, mas que, no momento, é a vítima da vez.

Para cumprir seu papel social e constitucional de garantir a segurança, direito humano fundamental, os policiais ganham mal, são precariamente treinados, trabalham em regime de horas desumano e seus instrumentos de trabalho são obsoletos, quando não sucateados.

À continuar assim, restará prejudicada a segurança de todos nós, civis ou militares.